terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Fidjinha Játa

Que figura!

Quem não se lembra dessa figura!
Esbelta, misteriosa, de trajes incomuns, sempre com um pau na mão, deambulando pelas ruas da vila da Ribeira Brava.
Temida por todos, embora não faltasse uma criança mais corajosa para a desafiar mas sempre correndo com medo de apanhar uma paulada.

Ninguém sabia de onde vinha nem por onde iria.
Às vezes parecia calma e serena, outras vezes parecia agitada como um pássaro à procura de abrigo, e pronunciava palavras muitas vezes indecifráveis embora muitos diziam que ela era uma mulher culta.
A figura era de uma guerreira ambulante, sempre pronta a se defender dos que da sua figura queriam se divertir.

Mas de repente ela me fez lembrar uma grande figura
Vi nela Deus carregando a sua cruz, deambulando também pelas nossas ruas, onde ninguém se apercebeu.

Júlia Almeida

1 comentário:

Anónimo disse...

Um vez Luciane d’Squemada c’Deuz tem, ta bai pa stancha. Na Somada d’Jom Prímer el topâ c'Fidjinha Jata ta bai na sê cainhe, serene c’sê pau na mon. Luciane caça Fidjinha, el ptal trace duns barnaderaz el pega ta cubril. Uns moss c’ta ta bem lad d’Gombeza, odja, eze sei ta corré pá sacorré Fidjinha, cand eze jga la, um gritâ “ê bo sô parbiça, sem vergonha... largâ Fidjinha da mon”. Um deze baxâ pá scanecâ Luciane d’cima dela, Fidjinha Jata gritâ: “Deixa estar, assim como está eu é que mandei”

Toi da Graça