quarta-feira, 23 de julho de 2008

Conselhos para banhistas

10 Conselhos úteis aos banhistas em CV

Sabendo que na sua esmagadora maioria as nossas praias não são vigiadas nem apetrechadas com dispositivos de segurança, cabe a cada um tomar as previdências necessárias à sua segurança e dos que o acompanham.

Fornecemos aqui alguns conselhos adaptados à nossa realidade:

1- Se não sabe nadar, não se afaste nem acompanhado nem com o auxílio de qualquer tipo de flutuador. Limite-se a chapinhar onde tem pé sem que a altura da água ultrapasse a cintura. Não pense que seja ridículo não poder nadar, assuma que não o sabe, assim estarão mais atentos em si;

2- Ao primeiro sinal de perigo, não hesite em pedir ajuda. Mais vale sermos motivo de troça instantânea do que lamentados depois de morto. O cabo-verdiano é assim, faz troça de tudo não por maldade, mas por feitio;

3- Não coma e beba exageradamente para depois se banhar. Não o faz em casa, porque haveria de fazê-lo na praia? Se tiver que se molhar depois de comer bem, faça-o gradualmente, sem esforços expressivos nem movimentos complicados (salto, cambalhota, suster a respiração, etc);

4- As praias não são bares. O sol, o calor e o mar não são ingredientes que devem ser misturados com o álcool. Não consuma bebidas alcoólicas em excesso nas praias, se o fizer não tome banho e muito menos nade. O estado de embriaguez altera a nossa capacidade de avaliação do perigo, o sol e o calor complicam e a água afoga, mata;

5- Os professores de escolas e monitores de jardins devem evitar organizar passeios às praias. O risco é elevado, não foram treinados para actuarem nesse meio, nem podem contar com a ajuda adequada em tempo útil;

6- Acompanhe as crianças sempre de perto e nunca os perca de vista. Na eventualidade de perder o controlo visual, ponha-se de costas para o sol, pois é a direcção que tendem a tomar para evitar o incómodo do sol nos olhos;

7- Evite afastar-se da praia a nado, ao fazê-lo, vá acompanhado. Mesmo os bons nadadores podem ser vítimas de indisposição súbita, cãibras e cansaço. É preferível nadar paralelamente à praia.

8- Não salte para a água de cabeça para baixo se não conhece bem o local ou se não for indicado para o efeito.

9- Não nade contra a corrente. Nade sim com a corrente e vá saindo gradualmente por um lado ou por outro. Ao mínimo sinal de aflição, peça ajuda imediatamente. Se for arrastado contra as rochas, tente colocar os pés à frente;

10- Em caso de alguma ocorrência grave, facilite a intervenção do socorrista credenciado e tente obter o mais depressa possível ajuda médica. Chame o 131 (bombeiros) ou o 132 (polícia) a solicitar socorro enquanto tenta de uma forma ou de outra alertar o banco de urgência médica mais próximo.

Contribua para que as praias sejam lugares seguros de prazer e convivência como qualquer outro espaço de socialização (teatro, cinema, estádio, praça, etc). Previna-se para curtir bem as nossas águas e o que resta das areias.

Emanuel C. D’Oliveira
A Semana online

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