PRIMEIRA PARTE - BASES:
BASE I - Da Designação do ALUPEC
BASE II - Da Noção do ALUPEC – (a) ALUPEC é um conjunto de sinais gráficos para a representação uniforme de cada som da língua cabo-verdiana. (b) O ALUPEC consiste na harmonização de dois modelos de alfabeto, o de base etimológica e o de base fonológica.
BASE III - Da Composição do ALUPEC
A B D DJ E F G H I J K L LH M N NH Ñ O P R S T TX U V X Z
a b d dj e f g h i j k l lh m n nh ñ o p r s t tx u v x z
BASE IV - Do Princípio por que se rege o ALUPEC
BASE V - Da Funcionalidade Pragmática do ALUPEC
BASE VI - Da Funcionalidade e Disfuncionalidade do Alfabeto de Base Etimológica
BASE VII - Da Funcionalidade e Disfuncionalidade do Alfabeto de Base Fonológica
BASE VIII - Das Letras e Dígrafos com Representação Etimológica que já seguiam o Princípio da Biunivocidade - O ALUPEC retém todas as letras e dígrafos da escrita de base etimológica com características de biunivocidade entre o fonema e o grafema: a b d dj e f i l lh m n nh o p r t u v
BASE IX - Das Letras com Representação na Escrita de Base Etimológica que Seguem o Princípio da Biunivocidade - O ALUPEC conservou ainda algumas outras letras da escrita de base etimológica conferindo-lhes a característica de biunivocidade que antes não possuíam: s g j x z. Note-se que também a letra k passa a representar todos os sons [k], em conformidade com o princípio da biunivocidade.
BASE X - Dos Sinais Gráficos que não Seguem a Tradição da Escrita de Base Etimológica - O ALUPEC apresenta dois novos sinais gráficos cuja representação não se encontra na tradição da escrita de base etimológica: ñtx;
O ALUPEC retoma a proposta do Colóquio de Mindelo quanto à representação de ñ.
A opção pelo tx e não pelo tch (largamente utilizado na escrita de base etimológica) tem como fundamento:
1º porque trata-se de um dígrafo, portanto mais económico do que um trígrafo, e com correspondência na estrutura de alguns sons palatais do ALUPEC: dj - tx - nh - lh
2º porque tx está para dj, assim como t está para d e x está para j;
3º porque sendo a constritiva surda palatal representada por x, era lógico que a oclusiva surda palatal fosse representada por tx.
BASE XI - Do Valor das Letras e Dígrafos das Bases VIII, IX, X
A letra s representa o fonema /s/ – constritiva, alveolar surda – em qualquer contexto. Ex: santa, misa, kusa, sabóla, simentu, prósimu, mas, pista.
A letra g representa o fonema /g/ – oclusiva, velar, sonora – em qualquer contexto. Ex: garsa, góta, gula, géra/gérra, gindasti/e, grasa, siginti/e, mangera, grogu/groge, gentis.
A letra h não mantém nenhuma relação de pertinência e de oposição distintiva relativamente aos outros sinais gráficos do ALUPEC. Existe enquanto elemento dos dígrafos lh e nh. Ex: Julhu, malha, Junhu, manha.
A letra j representa o fonema /ʒ/– constritiva, palatal, sonora – em qualquer contexto. Ex: janéla, jésu/e, rijimi/rejime, jente, jornada.
A letra k representa o fonema /k/ – oclusiva, velar, surda – em qualquer contexto. Ex: kantiga, kintal, krénsa, kéda, sukri/sukra.
A letra ñ representa o fonema /ñ/ – oclusiva, velar, nasal –, qualquer que seja o contexto. Ex: ñanha, ñuli, ñanhóma, ñanhi;
A letra x representa o fonema /∫/ – constritiva, palatal, surda – em qualquer contexto. Ex: xikra, maxin, kaxóti, kónxa, xuxu.
O dígrafo tx representa o fonema /t∫/ – oclusivo, palatal surdo – em qualquer que seja o contexto. Ex: txuba/txuva, txon, kretxeu, txada.
A letra z representa o fonema /z/ – constritiva, alveolar, sonora – em qualquer contexto. Ex: kaza, pezu, izami/e, kuzinha.
SEGUNDA PARTE – RELAÇÃO DO ALUPEC COM A ESCRITA
TERCEIRA PARTE:
-Implicações
-Política linguística:
- Pesquisa e divulgação
- Ensino
- Incentivos
Parte do Decreto-Lei 67/1998 – 31.Dez – BO Nr 48. Leia mais...